Ruas e Avenidas nas Caldas da Rainha

Estas são algumas das principais Ruas e Avenidas nas Caldas da Rainha

A cidade das Caldas da Rainha é reconhecida pelo seu cosmopolitismo, e neste artigo iremos falar das Ruas e Avenidas nas Caldas da Rainha! Vamos falar de todas aquelas que fizeram desta cidade ser conhecida pelo seu comércio, quer seja o de âmbito mais tradicional ora para o mais contemporâneo.

Somos um dos concelhos com maior percentagem espaços comerciais por metro quadrado e gostamos disso.

Não há nada melhor que poder circular pelas ruas de uma cidade e encontrar toda a variedade de produtos e espaços … e tudo isto com o céu como teto e o ar puro como climatizador.

E quando a tudo isso podermos juntar toda a história e património que a nossa cidade oferece, certamente concordarás que haverão poucas cidades no mundo com esta maravilhosa combinação entre o que é histórico e tradicional e o que é ao mesmo tempo moderno e contemporâneo.

Se já conheces as Ruas das Caldas, tens de vir revisitar, se ainda não conheces está mais do que na hora de cá vires dar um “giro” e confirmares com os teus olhos … e pés … o que aqui escrevemos.

Deixa-mos te algumas dicas sobre as principais ruas onde não podes deixar de passar, sendo certo que vais encontrar imensos motivos para passares um dia em cheio na nossa terra.

Rua das Montras

No que toca a ruas, o nosso ex-libris é sem qualquer sombra de dúvida a Rua das Montras, o principal e mais emblemático trecho deste “centro comercial a céu aberto” que é a nossa terra.

O nome pelo qual todos conhecemos esta artéria da nossa cidade é bastante esclarecedor e o que não faltam aqui são montras com os mais variados produtos expostos e onde podes encontrar de tudo.

A Rua das Montras tem como designação oficial Rua Almirante Cândido dos Reis, homenageando um dos heróis da Implantação da República em 1910.

Comércio Tradicional ao Rubro

Uma característica que faz desta rua um ponto central no que ao comércio diz respeito é o facto de não ter tráfego automóvel e sendo por isso muito concorrida pelos caldenses … e não só!

Em Milão encontras a Galleria Vittorio Emanuele, em Nova Iorque podes encontrar o Macys, em Paris não deixes de ir às Galeries Lafayette, de Londres já ouviste falar do Harrods, em Lisboa certamente já visitaste os Armazéns do Chiado e nas Caldas da Rainha não podes deixar de visitar a nossa Rua das Montras que só por ser ao ar livre é muito melhor que todas as referidas, já para não falar na localização geográfica que é infinitamente mais interessante… depois não digas que não avisamos!

Um outro ponto importante que podes ter em atenção é a arquitetura da grande maioria dos edifícios que compõem a rua, tanto de um lado como do outro.

Certamente concordarás que há por ali belos exemplares que não ficam atrás daqueles que podes ver em Milão, Nova Iorque, Paris, Londres ou Lisboa e … lá está aqui o teto é sempre azul … a menos que S. Pedro esteja de mau humor.

Para além da arquitetura, do ponto de vista artístico, há ainda alguns pormenores que remetem para o mestre Rafael Bordalo Pinheiro, tais como os revistemos em azulejo dos frisos do edifício com a porta número 40, e que conta também com dois medalhões nos cantos superior que homenageiam o mestre Bordalo, e o ceramista francês Bernard Pallissy.

O melhor é trazeres a tua máquina fotográfica e registares todos estes “pormaiores” para mais tarde recordares.

Rua de Camões

A Rua de Camões é a porta de entrada para o majestoso Hospital Termal e ao mesmo tempo tem vista para um dos parques mais bonitos de Portugal, o Parque D. Carlos I, para além disso liga o Hospital, a razão da nossa existência enquanto cidade, à “Rainha”, fundadora da cidade … e da nossa existência.

No entanto, ao passearmos pelos seus passeios somos assombrados por séculos de história que ajudaram a desenvolver a cidade até aos dias de hoje.

Esta rua, também conhecido com Rua do Parque, é a casa do comércio tradicional da cidade, e é aqui que podes encontrar a maior parte das lojas de cerâmica que ajudaram a popular o imaginário de todos os portugueses devido à comercialização dos artefactos das Caldas.

Loiça das Caldas da Rainha e outros Produtos Tipicos

Ao percorreres as Ruas e Avenidas nas Caldas da Rainha irás é claro ter a oportunidade de provar alguns dos produtos típicos de Caldas da Rainha, tais como as cavacas, os beijinhos ou ginja que é claramente melhor que todas as que já provaste e que não podes deixar de provar para comprovares o que escrevemos.

Nesta rua podes ainda visitar o Museu do Ciclismo, cuja entrada é gratuita, e não deves deixar de contemplar alguns dos edifícios mais antigos, há uns com fachadas cobertas de azulejo que são típicos das caldas, entre os quais aquele que possui como cartão-de-visita uma fachada realizada pelo filho do grande mestre Rafael Bordalo Pinheiro e que é casa de uma das pastelarias mais conhecidas da cidade, a Machado.

Bem perto deste edifício, mas do outro lado da estrada, junto à entrada do Parque encontras uma das mais emblemáticas peças da Rota Bordaliana, A Saloia com Cesto, uma reprodução em tamanho gigante de uma peça de 1907 também da autoria de Manuel Gustavo, filho de Bordalo Pinheiro e seu seguidor.

Se quiseres levar um souvenir para alguém especial ou simplesmente para recordares a tua visita a nossa terra, a Rua Camões será o local mais indicado e onde podes encontrar maior variedade.

Rua Heróis da Grande Guerra

Se a Rua das Montras é a mais emblemática e a de Camões a porta de entrada ao nosso Hospital, a Rua Heróis da Grande Guerra é seguramente a mais movimentada de todas e uma das ruas centrais. Encontra-se inserida na zona histórica da cidade das Caldas da Rainha.

Remodelada recentemente limitando o trânsito rodoviário, facilita a tua a mobilidade se quiseres parar para admirares as montras do comércio tradicional de um modo mais confortável, porque como já referimos lojas e montras não vão faltar por todo o lado.

Desde floristas, a cafés com esplanada, decoração, utensílios para a casa, moda, sapatarias, desporto, podes encontrar de tudo sendo apenas uma questão de escolha ou necessidade.

Há ainda a “Rodoviária”, que é o nome pelo qual designamos a estação de autocarros, o posto dos correios e nas suas extremidades (onde a rua começa) encontras a Praça de Touros e (onde a rua termina) a “Rainha”.

Podes aproveitar para parar e tirar fotografias fantásticas aos edifícios do século XIX e princípios do século XX que nos remetem para a Arte Nova que nas Caldas da Rainha teve o seu expoente na arquitetura e cerâmica.

Rua Dr. Miguel Bombarda

Na continuação da Rua das Montras e depois de cruzares a Rua Heróis da Grande Guerra vais encontrar mais uma daquelas ruas que ajudaram a dar à nossa terra o título de “centro comercial a céu aberto”.

Limitada ao trânsito pedonal no seu trecho final, a Rua Dr. Miguel Bombarda é uma artéria aberta no contexto da expansão territorial da cidade no final do século XIX e início do século XX, altura em que foi edificada a linha de caminho-de-ferro e respetiva Estação (1887), à época bem fora do centro urbano da então vila das Caldas da Rainha.

A Rua Dr. Miguel Bombarda, assim designada em homenagem a um dos heróis da Implantação da República de 1910, surge como uma das várias artérias que faziam a ligação entre a Estação dos comboios e antiga Praça D. Maria Pia, hoje Praça da República, mas mais conhecida como Praça da Fruta.

Como certamente vais ter oportunidade de contemplar, e tal como acontece nas outras ruas da nossa cidade, montras, lojas e cafés é coisa que não falta o que só tornará a tua escolha mais difícil.

Ainda assim há outros elementos que merecem destaque nesta rua, sobretudo do ponto de vista artístico e patrimonial, tais como alguns edifícios com revestimentos azulejares, alguns do grande mestre Rafael Bordalo Pinheiro.

Se trouxeres a máquina fotográfica … ou o telemóvel, não deixes de registar alguns pormenores nesta e nas outras ruas e avenidas nas Caldas da Rainha que iremos abordar!

Avenida 1º de Maio

A Avenida 1º de Maio é a mais larga das artérias da nossa cidade e faz a ligação entre a Estação dos comboios e a Praça 25 de Abril.

Embora tenha como ponto de partida a Estação, local central e importantíssimo no passado da nossa terra a partir do momento em que foi inaugurada, em 1887, a verdade é que trata-se de uma avenida bastante mais recente, tendo sido aberta e urbanizada em meados do século XX.

É hoje um dos locais mais movimentados da nossa terra, sobretudo pela proximidade que tem ao centro administrativo da cidade, a já referida Praça 25 de Abril, onde estão localizados o Tribunal e a Câmara Municipal.

A Avenida 1º de Maio destaca-se não apenas por ser a artéria com os edifícios mais altos da cidade, mas também por ser sobretudo um local onde proliferam os escritórios, os bancos e as mais variadas entidades.

Tem como elementos centrais, do ponto de vista artístico, os pontos pertencentes à Rota Bordaliana, nomeadamente a grande Rotunda/Fonte em frente à Estação dos comboios (ela também como motivos azulejares interessantes no interior e no exterior) e tem ainda proximidade com a Vespa, outro dos ex-libris da Rota do mestre Bordalo Pinheiro

É ainda a artéria onde está sediada a Associação Comercial (ACCCRO), fundada em 1902 e contou com Rafael Bordalo Pinheiro como primeiro presidente da Mesa da Assembleia.

Rua Sebastião de Lima

A Rua Sebastião de Lima é uma das artérias com maior diversidade, sobretudo do ponto de vista artístico.

Não sendo das maiores ruas da cidade é porém bastante rica e diversificada no número de apontamentos artísticos que podes contemplar.

Tendo início junto à Praça 5 de Outubro, podes desde logo contemplar os típicos edifícios com as fachadas cobertas de azulejo, alguns dos quais do mestre Bordalo Pinheiro.

Ainda com ligações a Rafael Bordalo Pinheiro existem dois apontamentos ligados à Rota Bordaliana, um ainda na Praça 5 de Outubro, O Lobo, e que se encontra no topo do acesso pedonal ao parque de estacionamento da praça.

A meio da rua podes encontrar a outra peça desta rota em homenagem a Bordalo Pinheiro, o Gato a Caçar, uma réplica em tamanho gigante de uma peça de um modelo da década de 60 produzido na Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro.

Apontamentos artísticos e uma garrafeira familiar

A juntar aos apontamentos artísticos, a Rua Sebastião de Lima tem ainda as habituais lojas de produtos, os mais diversos possíveis, como por exemplo a Garrafeira Bago d’Ouro.

Esta rua atravessa o final da Rua Francisco Sá Carneiro, que é ao mesmo tempo a mais colorida rua das Caldas, tendo originado a designação do bairro onde se insere como Bairro Azul em virtude da cor das fachadas dos edifícios.

A Rua Sebastião de Lima é também uma das artérias que tem paredes “oficiais” para a arte do Grafiti, uma forma de expressão artística cada vez mais em voga na nossa cidade.

Se gostas de arte, nas suas mais variadas formas de expressão, esta é uma rua que vais ter de visitar e percorrer com atenção.

Rua do Jardim

A Rua do Jardim, nome popular para a Rua Alexandre Herculano, é mais uma daquelas artérias que faz jus à designação “centro comercial a céu aberto” com que muitos adjectivam a nossa cidade.

Tal como também é comum nas mais movimentadas ruas da cidade, no que ao comércio de porta aberta para a rua diz respeito, na Rua do Jardim também não se pode circular de outra forma que não a pé.

Andando a pé conhece-se muito melhor o que cada localidade tem para oferecer, e nós aqui nas Caldas temos muito para oferecer e por isso gostamos de andar a pé.

A variedade da oferta comercial que podes encontrar nesta artéria é grande, à semelhança do que se passa um pouco por todas as restantes ruas e avenidas nas Caldas da Rainha.

De todos os espaços comerciais que podes encontrar o mais emblemático … e saboroso … é o Pachá-Casa Antero, um dos espaços mais antigos da cidade e aquele onde petiscar e beber um bom copo de vinho são as imagens de marca, sobretudo na parte que diz respeito à Casa-Antero.

Mas também há motivos de interesse patrimonial tal como aquele que podes contemplar no início da rua, junto à Rua Heróis da Grande Guerra, do lado direito onde encontras um dos edifícios que mais se destaca na arquitectura caldense (o edifício vermelho).

Já sabes que as fotografias são exigência neste tipo de situações e que a não utilização de máquina ou telemóvel é desaconselhada veementemente pelo que faz o que estiver ao teu alcance para não te esqueceres de os trazer contigo.

Avenida Dr. Manuel Figueira Freire da Câmara

Estamos a chegar ao fim, mas antes não podemos deixar de referir que são imensas as Ruas e Avenidas nas Caldas da Rainha que merecem uma visita. Acabamos então com a Avenida Dr. Manuel Figueira Freire de Câmara, que funcionou durante muitos anos como entrada/saída da então vila das Caldas da Rainha no sentido Sul (Óbidos ou Lisboa por exemplo).

Atendendo à frequência que a nossa terra sempre teve, por causa das termas, durante muitos anos esta foi a porta de entrada na localidade para todos aqueles que, sobretudo vindos da capital, aqui se deslocavam para passar uma temporada durante a muito badalada e concorrida época balnear caldense e na qual o “nosso” Hospital Termal era o centro das atenções e o ponto principal de todas as Ruas e Avenidas nas Caldas da Rainha.

A essa afluência e ao alto estatuto de muitos dos frequentadores não foi indiferente a construção do antigo Hotel Lisbonense, na década de 90 do século XIX. Aquela foi uma época em que a nossa terra sofreu algumas remodelações promovidas por Rodrigo Berquó e que, entre outras, promoveram a construção do Parque D. Carlos I, também na década de 90 do mesmo século e que deram uma configuração bastante condigna a esta avenida.

Principais spots

Hoje esta artéria continua a ter o Parque D. Carlos I como um dos seus cartões-de-visita. Já o Hotel Lisbonense, depois de anos em ruína, foi já no século XXI remodelado e reaberto como SANA Silver Coast, recuperando o seu estatuto e dando aquele edifício um fim condigno com os seus pergaminhos.

Ali bem perto do hotel podes ainda encontrar o maior centro comercial da cidade (neste caso sem ser a céu aberto), aberto recentemente.

Para quem chega a Caldas da Rainha pela Avenida Dr. Manuel Figueira Freire da Câmara e percorre a totalidade da artéria, passando pelo Parque D. Carlos I e pelo antigo Hotel Lisbonense o ponto de chegada é a “Rainha”, um dos mais emblemáticos espaços da cidade e aquele que homenageia a nossa fundadora, Rainha D. Leonor.

Outras Ruas e Avenidas nas Caldas da Rainha

Na década de noventa a cidade sofreu um processo de alargamento estrutural, acabando por alargar os seus limites territoriais, nomeadamente a construção da denominada “Cidade Nova” ou para o lado da Foz do Arelho com a construção do novo campo de jogos.