21 de Novembro, 21h30
Centro Cultural e de Congressos
Da corrente de Canto Livre que encheu praças e salas nos tempos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, surgiu, nesta cidade, um projeto musical que se viria a chamar Charanga, integrando durante a sua existência diferentes formações, interessado pelas raízes da música popular portuguesa mas, em paralelo, aberto também à experimentação sonora, refletindo desta forma o acolhimento produtivo de múltiplas influências.
Cantando inicialmente as palavras vivas dos poetas (Alexandre O’Neill, António Gedeão, Eugénio de Andrade, Pablo Neruda, Nicolás Guillen, entre outros), o grupo viria depois a difundir o seu repertório por diversos locais do país, em intensa digressão, com o qual granjeou um reconhecimento e um destaque mais alargado.
Em Setembro de 1982, o Charanga entra em estúdio para gravar, na etiqueta Polygram, o álbum «Aguarela», com temas próprios sobre letras de José Carlos Almeida, cuja apresentação pública aconteceria em Caldas da Rainha, a 22 de Novembro, em conjunto com os Trovante.
Momentos marcantes viriam a ser, depois, a atuação no último concerto de Zeca Afonso ou a 1ª parte, no Pavilhão de Cascais, com Joan Baez.
33 Anos depois do seu disco de 33 rotações, o Charanga volta a reunir-se, aqui, na sua terra, para, sem nostalgia mas sim com muito entusiasmo e com novos arranjos, interpretar temas iniciais, todas as cantigas do disco e ainda algumas composições posteriores, num espectáculo que se quer uma festa, em alegria, no palco e na plateia numa comunhão de amigos, todos de olhos postos no futuro.