Uma manhã a passear
“Um dia com a Zélia Évora” parte de uma ideia conjunta de se fazer uma visita guiada e assim podermos explorar os espaços que costumamos dar a conhecer aos nossos turistas e em troca a maker levou-nos a desfrutar alguns dos seus locais predilectos.
E foi assim que se passou uma manhã sem igual nas ruas de Caldas da Rainha.
Café, locais de culto e o atelier
Começámos pelo Local café, onde entre um expresso pudemos conhecer o Ricardo e a Matilde que exploram este café situado mesmo ao lado da vibrante Praça da Fruta (Largo Dr. José Barbosa).
Este espaço recentemente aberto tem um conceito sólido numa trilogia que nos permite comprar vinho e queijo numa seleção feita a pensar no melhor para ti e ainda beber um expresso onde os lotes de café não são escolhidos ao acaso. Ao balcão ou sentado numa das mesas podes “mixar” a trilogia pedindo um copo de vinho usufruindo de uma tábua de queijos, mas também podes pedir um dos sumos naturais onde a fruta fresca da Praça é a rainha.
Em bem da verdade apeteceu-nos ficar para almoçar, mas o tempo não para e nós temos de arrepiar caminho.
Seguimos para a mítica Praça da Fruta. Este é o coração da cidade, onde todos os dias da semana os vendedores locais escoam a sua produção. Entre tomates, couves, cebolas, maçãs, fomos brindados pela simpatia de todos.
O Sr. Jacinto
Direitos à loja do Sr. Jacinto tivemos tempo para cruzar com todo o tempo do mundo a rua das “montras”, rua fechada ao trânsito e que todas as manhãs é alvo de romaria pela população local, que entre compras e conversas avulso serve quase de ponto de encontro.
Na Miguel Bombarda reside uma loja ímpar – o Sr. Jacinto. Este prédio com 120 anos aguarda a nossa entrada. O negócio que começou como mercearia passou a retrosaria. Este afamado espaço situado bem no centro das Caldas, fechou para remodelação e abriu novamente com uma oferta única na cidade com um conceito ligado às artes e ofícios repleta de trabalhos onde muitos dos artistas desenvolvem o seu trabalho localmente.
Nesta conversa a três o Samuel a Cláudia (que gerem a loja) e a Zélia falam como é importante haver um espaço no centro da cidade dedicado à promoção e à venda de trabalhos de makers locais.
Entre trabalhos em madeira, tecidos, cosmética ou ilustração podemos encontrar um pouco de tudo, numa curadoria que mostra o afecto de todos em todo este processo.
O cheiro específico a enxofre é o mote para descermos as escadas e usufruir de uma rápida viagem no tempo ao ano de 1484.
Entre nascentes e explicações de como os tratamentos pelas águas eram realizados subimos as escadas e fomos direitos ao atelier da Zélia Évora.
O Atelier
A Zélia abandonou a sua carreira dos números para se dedicar a este mundo incrível dos makers. Chapéus, carteiras, roupa ou até escrever livros são muitas as criações da artista que nasceu no Canadá mas que hoje desfila pelas ruas desta cidade do Oeste.
Conta-nos o quanto este mundo puxa por si na busca da sua próxima criação! Num processo de constante mutação, onde muitas das vezes os dias deveriam ter vinte cinco horas.
A Lina Cruz (@photocracy) vai disparando as últimas chapas procurando pelos melhores ângulos tentando assim capturar a ordem desordeira em que o atelier da Zélia vive mergulhado.
Desta conversa nasceram ideias que iremos explorar certamente. Por isso estejam atentos pois a Zélia Évora irá voltar à rua connosco.